Hoje, mais do que nunca, a sustentabilidade dos negócios está na ordem do dia e todos buscam formas de aumentar as margens de lucro do seu negócio. Longe vão os tempos onde os clientes “pagavam a factura”, fruto de pouca concorrência, informação e, até, canais de distribuição.
Eis as 7 formas para aumentar as margens de lucro do seu negócio
Aumentar os preços
Pode parecer simples, mas o preço de venda determinará, em grande parte, o sucesso da sua operação. Por isso, ele deve estar de acordo com o seu posicionamento estratégico no mercado e, mais importante que isso, “pagar as suas contas”. Assim, das duas uma: ou o seu produto tem um preço competitivo que vai fazer com que se venda nas quantidades suficientes, ou terá que ter redobrada atenção ao preço que pagou para o ter à disposição dos seus clientes. Não olhar para estas duas variáveis tornar-se-á fatal para o seu negócio.
Não queira agradar a todos: Foque-se!
Este é um dos maiores erros que as empresas no Retalho cometem. Ao querer ser tudo para toda a gente, vários são os exemplos de negócios com uma ampla largura de gama. Como consequência deste facto, os custos de gestão de stock disparam, mais artigos perdem o seu valor contabilistico e comercial, as rupturas são evidentes e esperadas, o Visual Merchandising tende a ficar caótico e o cliente a ficar confuso, muitas vezes desistindo da compra. Já viu o espaço de venda que está a dedicar a produtos que, simplesmente, estão lá a ocupar (precioso) espaço?
Atenção aos descontos
É importante que haja um plano e que saiba o limite após o qual estará a perder dinheiro. Muitas empresas são agressivas e impulsivas nos descontos que dão, sem investirem tempo a fazer as contas das suas ações. Não se esqueça: o desconto oferecido é uma parcela de margem que se perdeu. Além disso, ao fazê-lo várias vezes, cria habituação nos clientes, que esperarão pelo momento certo e comprarão os seus produtos quando lhes seja mais favorável.
Corte nos desperdícios
Aproveitar da melhor forma os recursos à sua disposição é fundamental para a saúde do seu negócio. Assim, sem comprometer a operação, determine que custos podem ser cortados ou, alternativamente, optimizados. Entre os vários exemplos estão a luz, o ar condicionado, o telefone, etc. Significa que deve cortá-los ao ponto de perder clientes e vendas? Obviamente, não. Mas aproveitá-los da maneira mais racional possível irá ajudar a atingir a rentabilidade que deseja.
Coloque a equipa em loja nas alturas em que mais precisa dela
Ao analisar convenientemente os dados à sua disposição, saberá em que alturas do dia e em que dias deverá ter cada elemento da sua equipa. Este é um dos maiores custos escondidos e a que muito poucos prestam atenção, porque um planeamento correcto irá converter-se em vendas. E vendas, sempre que assegurados alguns pressupostos já mencionados anteriormente, significarão ganhos para o seu negócio. Além disso, caso o plano se adapte às suas reais necessidades, não terá necessidade de ter custos adicionais, como por exemplo, horas extra.
Controle os custos de inventário e perdas
O produto é, provavelmente, o maior custo em que o seu negócio incorre. Por isso, ser criterioso na escolha dos produtos, reduzindo a largura de gama (deixe isso para os grandes hipermercados) e focando-se naquilo que os seus clientes procuram, valorizam e estão dispostos a pagar por isso, é extremamente importante para a saúde do seu negócio. Por exemplo, já parou para pensar nos custos de colocação de encomendas? Quanto custa trabalhar com vários fornecedores, ao invés de reduzir esse número, ganhar escala com cada um deles e garantir melhores condições? E o stock perdido, que irá aumentar garantidamente? E as quebras? E a sua desvalorização? Bem, podia continuar, mas creio já ter passado a ideia…
Em resumo, faça as contas…
Simples, não? Sim, não tem que ser complicado. Para ter um negócio bem sucedido é preciso que tenha noção dos custos e ganhos a cada decisão que toma, seja ela mais operacional ou relacionada com a gestão do produto. Sem essa noção, o seu negócio andará ao “sabor do vento”, com grande probabilidade de algo correr mal.
Deixe de lado o “achómetro”, as desculpas e aquela espécie de dissonância cognitiva que faz com que esteja a justificar decisões que não têm nenhuma justificação nem sustentação.
E lembre-se: Sem dados, você é só uma pessoa com uma opinião!
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